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Câmbio CVT: o que é, como funciona, vantagens e desvantagens

cambio cvt carro automatico
Publicado em 
29
 de 
June
de
2023
Tempo de leitura 
4
 minutos

Os carros automáticos têm ganhado cada vez mais o coração dos motoristas, principalmente pela praticidade e conforto.

E esse é o caso do câmbio CVT que diferente dos câmbios automático e manual, não utiliza marchas fixas. Isso significa que não há trocas bruscas de marcha, resultando em uma aceleração linear e contínua.

Mas ainda existem diversas dúvidas sobre como funciona esse câmbio e quais são as suas vantagens e desvantagens em relação aos outros modelos. Confira:

O que é o câmbio CVT?

O câmbio CVT, também conhecido como transmissão continuamente variável não possui marchas distintas, já que tem uma transmissão que oferece variação contínua. 

Ao contrário do sistema convencional, ele dispensa o uso de engrenagens, utilizando duas polias em seu funcionamento, sendo uma delas conectada ao motor e outra ligada às rodas.

Para o sistema funcionar, ele as polias e correia metálica de alta resistência para criar e ajustar diversas transmissões.

Essa capacidade de ajustar continuamente a relação de transmissão permite que o motor opere em sua faixa mais eficiente em termos de rotação, proporcionando uma aceleração suave e resposta imediata.

Além disso, o câmbio CVT elimina a necessidade de trocar manualmente as marchas, tornando a condução mais confortável, principalmente no trânsito pesado das grandes cidades.

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A história do CVT

A transmissão continuamente variável (CVT) tem uma história interessante, com início em 1490 pelo Leonardo da Vinci, que esboçou conceitos semelhantes para melhorar a eficiência do trabalho agrícola feito por animais.

Mais tarde, por volta de 1886, a transmissão CVT foi incorporada nas motocicletas da fabricante britânica Zenith Motorcycles com destaque para eficiência e funcionamento simplificado.

Agora, em um automóvel, o câmbio CVT foi visto pela primeira vez em 1958 no DAF 600, idealizado pelo engenheiro holandês Hub van Doorne, chamado Variomatic.

No modelo, foi utilizado o conceito de duas polias e uma correia de transmissão e com isso, o carro dava marcha ré com a mesma velocidade que ia para frente.

Quais os tipos de CVT

Existem anos de pesquisa e avanços em relação aos câmbios CVT, inclusive, as marcas japonesas se destacam nesse quesito, desenvolvendo seus próprios sistemas:

  • Tordial: esse modelo foi criado pela marca japonesa Nissan, e nesse CVT, temos a presença de um sistema de dois rolamentos para modificar as relações entre as polias, em vez de utilizar uma correia. Essa abordagem proporciona maior agilidade nas variações de velocidade do veículo, permitindo ajustes mais rápidos e precisos.
  • CVT de Fricção (ou CVT por cone): neste tipo de configuração, dois cones giram em direções opostas e são conectados por uma correia. Embora a transferência de torque não seja tão significativa quanto a do CVT toroidal, esse sistema se destaca dos modelos convencionais em termos de desempenho.

Como funciona o câmbio CVT?

Basicamente, ele utiliza um sistema de polias e correntes metálicas para alcançar essa variação contínua.

Um câmbio CVT possui duas polias e cada uma é composta por duas metades ajustáveis que podem se mover juntas ou independentemente.

Uma das polias está conectada ao motor, enquanto a outra está presa à transmissão do veículo, onde envia a potência do motor para as rodas do veículo.

Agora, imagine a correia ou corrente metálica que conecta as duas polias, ela é flexível e pode se mover ao longo das polias.

Quando o motor gira, a polia motriz se ajusta automaticamente, alterando seu diâmetro efetivo e enquanto uma polia diminui de tamanho, a outra aumenta seu diâmetro e vice-versa. E essa ação faz com que a correia se mova ao longo das polias.

E com isso, o controle eletrônico do câmbio monitora as condições de condução e faz os ajustes necessários para otimizar o desempenho e a eficiência do veículo.

Câmbio CVT e Câmbio Manual são a mesma coisa?

Não. O câmbio manual requer a intervenção do motorista, que precisa selecionar manualmente as marchas usando uma embreagem.

Esse tipo de câmbio possui várias marchas fixas e o condutor precisa operar a embreagem e mover a alavanca de câmbio para escolher a marcha apropriada de acordo com a velocidade e a condição da estrada.

Por outro lado, o câmbio de transmissão continuamente variável opera de forma diferente, já que não possui marchas fixas como o câmbio manual.

Em vez disso, oferece uma variação contínua da relação de transmissão, permitindo uma condução suave e sem trancos.

O câmbio CVT ajusta automaticamente as posições das polias para fornecer a relação de transmissão ideal com base nas condições de condução.

Isso significa que não é necessário trocar manualmente as marchas, já que o câmbio CVT faz os ajustes para otimizar o desempenho do veículo.

Qual a diferença do câmbio automático para o CVT?

O câmbio automático possui marchas fixas e realiza trocas de marcha distintas durante a condução. Já o câmbio CVT não possui marchas e oferece uma variação contínua da relação de transmissão.

No câmbio automático, é possível sentir as trocas de marcha à medida que se acelera ou desacelera. Por outro lado, no câmbio CVT, não há trocas perceptíveis, apenas uma aceleração suave e contínua.

Além disso, o câmbio automático pode apresentar perdas de eficiência, enquanto os câmbios CVT são conhecidos por sua eficiência em manter o motor operando na faixa de rotação mais eficiente.

Cada tipo de câmbio tem suas próprias características em termos de eficiência e economia e vai de acordo com o gosto de cada motorista.

O câmbio CVT é melhor que o automático?

No que se refere à economia, o CVT oferece maiores vantagens, pois permite que o motor opere em sua eficiência máxima independentemente da velocidade, resultando em um menor consumo de combustível, especialmente em áreas urbanas e com muito congestionamento.

Ao comparar com os carros de transmissão automática convencional, é importante considerar também que a maioria dos veículos equipados com CVT proporcionam uma condução mais suave, uma vez que não há mudanças de marcha bruscas. 

Isso significa que você não terá  aqueles trancos ao buscar mais potência e, consequentemente, não precisará trocar de marcha.

Outro fator relevante é a leveza do sistema de transmissão CVT em comparação com o automático tradicional.

 Além disso, sua operação suave contribui para melhorar a eficiência de combustível em carros equipados com essa tecnologia de transmissão automatizada.

Porque o câmbio CVT é bom?

Ele oferece uma ótima eficiência de combustível, permitindo que o motor trabalhe de forma ideal em qualquer velocidade. Isso resulta em um consumo reduzido de combustível, especialmente quando você dirige em áreas urbanas com muitas paradas e partidas.

Além disso, o CVT proporciona uma condução suave, sem mudanças de marcha bruscas, o que torna a experiência ao volante mais agradável e confortável.

Uma das vantagens é a resposta imediata que o CVT oferece. Ele mantém o motor na faixa de rotação ideal para uma aceleração mais rápida, garantindo uma sensação de potência instantânea quando você pisa no acelerador.

Outra característica positiva é a capacidade do CVT de se adaptar a diferentes condições de direção. Seja em subidas, descidas ou terrenos irregulares, o sistema ajusta automaticamente a relação de transmissão para otimizar o desempenho e a eficiência do veículo.

Além disso, o câmbio CVT requer menos manutenção em comparação com os câmbios automáticos tradicionais.

Com menos peças móveis e menor necessidade de trocas frequentes de fluido de transmissão, ele acaba sendo mais econômico em termos de custos de manutenção.

No fim, o câmbio CVT combina eficiência, conforto na direção e uma resposta rápida, sendo uma ótima escolha para os motoristas.

Qual o problema do câmbio CVT?

Se você está acostumado e prefere dirigir carro manual, pode não ter uma experiência tão boa com esse câmbio, já que não precisa se preocupar com a troca de marchas.

Em algumas situações, que demandam mais desempenho do carro, como ladeiras e ultrapassagens, o câmbio CVT pode produzir ruídos e vibrações, tornando a viagem um pouco desconfortável.

Embora o câmbio CVT apresente vantagens como eficiência energética e suavidade, eles também podem ter algumas desvantagens, como menor sensação de conexão com o veículo e, em alguns casos, uma sensação de "patinagem" durante acelerações intensas.

Qual a durabilidade de um câmbio CVT?

Isso pode variar bastante, dependendo do quanto você usa o carro e do seu estilo de condução. 

No geral, o  câmbio CVT foi projetado para ter bom desempenho, podendo aguentar no mínimo 300 mil quilômetros rodados. Já o câmbio automático consegue durar em torno de 100 mil quilômetros.

Quantas marchas tem um câmbio CVT?

O câmbio CVT não possui marchas fixas como em um câmbio manual ou automático tradicional.

Esse modelo é capaz de ajustar continuamente a relação de transmissão para se adequar às condições de direção e à demanda de potência do motor.

Portanto, em vez de ter marchas discretas, o câmbio CVT opera em uma faixa contínua de relações de transmissão, proporcionando uma transição suave e otimizada para o melhor desempenho e eficiência em diferentes situações.

Quais as vantagens do CVT?

Assim como todos os outros modelos de câmbio automático, o CVT também possui vantagens e as mais comuns são:

Comportamento suave e progressivo

Uma das principais vantagens do CVT é o seu comportamento suave durante a aceleração. Ao contrário das transmissões convencionais que possuem engrenagens fixas, o CVT não possui marchas pre determinadas.

Em vez disso, ele utiliza um sistema de polias e correias para oferecer uma faixa infinita de relações de marcha. Isso resulta em uma aceleração linear e progressiva, sem os trancos característicos das trocas de marcha.

Costumam ser um pouco mais econômicos

Como o câmbio CVT vai fazendo uma progressão na aceleração e não força o motor, o modelo costuma ser mais econômico do que outros tipos de carros automáticos.

Quais as desvantagens do câmbio CVT?

Embora o câmbio CVT ofereça várias vantagens, também existem algumas desvantagens associadas a esse tipo de transmissão. Confira:

Valor da manutenção

A manutenção do câmbio CVT pode ser mais cara em comparação com outros tipos de transmissão, ainda que os componentes do CVT não sejam tão complexos.

Isso acontece, principalmente porque os câmbios CVT não são fabricados no Brasil.

Além disso, em alguns casos, pode ser necessário substituir o conjunto completo do CVT em caso de falhas significativas, tendo um custo elevado.

Ruído na cabine

Em alguns casos, onde o carro precisa de mais força, como subidas, os veículos equipados com CVT podem apresentar um ruído característico na cabine durante a aceleração.

O problema ocorre devido à forma como o CVT opera, ajustando constantemente as relações de transmissão para manter o motor na faixa de rotação ideal.

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